A
pesquisa indica que as indústrias são as que obtêm o maior sucesso no período
inicial, com índice de sobrevivência chegando a 79,9% nos dois primeiros anos
de vida. Em seguida, aparecem comércio (77,7%), construção civil (72,5%) e
serviços (72,2%).
O
censo do Sebrae diz respeito a empresas constituídas em 2007 e que se
mantiveram abertas até dezembro de 2009.
O
estudo do Sebrae indica que, a cada cem empresas criadas no Brasil , quase 76
sobrevivem aos dois primeiros anos de vida (75,6%). Na pesquisa anterior, que
avaliou o período entre 2005 e 2007, o índice foi de 73,6%.
“A taxa de sobrevivência é muito alta e se
deve, principalmente, a três fatores: legislação favorável, aumento da
escolaridade e mercado fortalecido”, diz Luiz Barreto, presidente do Sebrae.
Gestão
faz a diferença
O
período inicial é considerado crucial entre outras razões porque a empresa
ainda não é conhecida no mercado, não possui carteira de clientes e, muitas
vezes, os empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão.
Para
Barretto, o que explica o fato de algumas empresas sobreviverem mais que outras
é a boa gestão. “Eu diria que da porta para dentro da empresa é o que é
fundamental, porque o cenário externo será sempre igual para a maioria
das empresas. O que faz a diferença é o planejamento, é a gestão, é a
capacitação, é o treinamento e é o desenvolvimento pessoal da empresa e do seu
empresário”, disse.
Índice
chega a 78% no Sudeste
Segundo
o estudo do Sebrae, a região com maior número de empresas que vencem a barreira
dos dois anos de vida é a Sudeste, onde também se concentra a maior quantidade
de pequenos negócios. Nessa região, o índice de sobrevivência chegou a 78%. Em
seguida, aparece a região Sul do país, com taxa de 75,3%, com Centro-Oeste logo
depois (74%), Nordeste (71,3%) e Norte (68,9%).Oito estados apresentaram desempenho acima da média nacional, sendo eles: Minas Gerais (81%), Paraíba (80%), Distrito Federal (80%), São Paulo (78%), Rondônia (78%), Alagoas (78%), Espírito Santo (77%) e Santa Catarina (76%).
De
acordo com o Sebrae, tomando como referência estudo de sobrevivência das
empresas feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) junto a 15 países, a taxa mais alta é a da Eslovênia, com 78%. Ao
atingir 75,6%, o Brasil supera países como o Canadá (74%), Áustria (71%) e
Espanha (69%), por exemplo, destaca o Sebrae.Para
o presidente do Sebrae, o resultado da pesquisa divulgada nesta quarta-feira é
bastante positivo, embora ele lembre que o empreendedorismo não é uma atividade
isenta de risco. “Empreender é como andar de bicicleta. É muito difícil alguém,
em algum momento, não tomar um tombo. (...) Não em jeito, tem risco”, afirma.
Fonte: G1 por Fabíola Glenia.
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