segunda-feira, 22 de julho de 2013

Taxa de sobrevivência de MPEs sobe para 75,6%, indica Sebrae

A taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras (MPEs) segue aumentando. O índice de sobrevivência das MPEs de todos os setores – indústria, comércio, construção civil e serviços – ultrapassa os 70%, de acordo com o estudo Sobrevivência das Empresas, divulgado pelo Sebrae nesta quarta-feira (10).

A pesquisa indica que as indústrias são as que obtêm o maior sucesso no período inicial, com índice de sobrevivência chegando a 79,9% nos dois primeiros anos de vida. Em seguida, aparecem comércio (77,7%), construção civil (72,5%) e serviços (72,2%).
O censo do Sebrae diz respeito a empresas constituídas em 2007 e que se mantiveram abertas até dezembro de 2009.
O estudo do Sebrae indica que, a cada cem empresas criadas no Brasil , quase 76 sobrevivem aos dois primeiros anos de vida (75,6%). Na pesquisa anterior, que avaliou o período entre 2005 e 2007, o índice foi de 73,6%.
 “A taxa de sobrevivência é muito alta e se deve, principalmente, a três fatores: legislação favorável, aumento da escolaridade e mercado fortalecido”, diz Luiz Barreto, presidente do Sebrae.
Gestão faz a diferença
O período inicial é considerado crucial entre outras razões porque a empresa ainda não é conhecida no mercado, não possui carteira de clientes e, muitas vezes, os empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão.
Para Barretto, o que explica o fato de algumas empresas sobreviverem mais que outras é a boa gestão. “Eu diria que da porta para dentro da empresa é o que é fundamental, porque o cenário externo será sempre igual para a maioria das empresas. O que faz a diferença é o planejamento, é a gestão, é a capacitação, é o treinamento e é o desenvolvimento pessoal da empresa e do seu empresário”, disse.
Índice chega a 78% no Sudeste
Segundo o estudo do Sebrae, a região com maior número de empresas que vencem a barreira dos dois anos de vida é a Sudeste, onde também se concentra a maior quantidade de pequenos negócios. Nessa região, o índice de sobrevivência chegou a 78%. Em seguida, aparece a região Sul do país, com taxa de 75,3%, com Centro-Oeste logo depois (74%), Nordeste (71,3%) e Norte (68,9%).

Oito estados apresentaram desempenho acima da média nacional, sendo eles: Minas Gerais (81%), Paraíba (80%), Distrito Federal (80%), São Paulo (78%), Rondônia (78%), Alagoas (78%), Espírito Santo (77%) e Santa Catarina (76%).


De acordo com o Sebrae, tomando como referência estudo de sobrevivência das empresas feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) junto a 15 países, a taxa mais alta é a da Eslovênia, com 78%. Ao atingir 75,6%, o Brasil supera países como o Canadá (74%), Áustria (71%) e Espanha (69%), por exemplo, destaca o Sebrae.Para o presidente do Sebrae, o resultado da pesquisa divulgada nesta quarta-feira é bastante positivo, embora ele lembre que o empreendedorismo não é uma atividade isenta de risco. “Empreender é como andar de bicicleta. É muito difícil alguém, em algum momento, não tomar um tombo. (...) Não em jeito, tem risco”, afirma.

Fonte: G1 por Fabíola Glenia.

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