Segundo especialistas,
trinta segundos é tudo o que temos para causar um impacto positivo nas pessoas
logo de cara; veja 7 atitudes para que isso aconteça
Quanto
tempo a “primeira impressão” leva para ser formatada pelo cérebro? Trinta
segundos. Em alguns casos, até três minutos. O espaço de tempo é curto e o
objetivo ambicioso: gerar empatia e convencer a pessoa do outro lado da
conversa que vale a pena seguir mais alguns passos na sua direção.
“A primeira impressão é uma emoção, um sentimento
psicológico que a gente deixa na mente das pessoas”, diz a consultora de
etiqueta Romaly de Carvalho. “É a imagem formada deste primeiro momento
que irá determinar o que pensam sobre nós: se passamos credibilidade, somos
confiáveis ou não. Por isso, precisamos caprichar”.
A pressão é tanta que, segundo a especialista, 71% das vendas bem sucedidas são resultado direto do que o comprador achou do vendedor logo de cara.
Em alguns momentos, isso significa que você terá que fazer um planejamento para encarar o encontro. E isso pode demandar consciência das expectativas, estudo e até treino. “A gente confunde criatividade com improviso. Ter jogo de cintura não anula que você precisa se preparar”, diz Caroline Pfeiffer, diretora de marketing e vendas da LLH|DBM.
A mesma lógica vale para a vida profissional. Nunca se sabe quem você irá encontrar pelos corredores corporativos. “A roupa é um item importante de comunicação e não damos conta disso”, diz a especialista. Fique atento ao dress code da sua área de atuação e para os diferentes tipos de ambientes que você precisará circular. Mas não só.
Na prática, isso significa que quem fala mais rápido tende a atropelar o discurso do outro, completar a frase e mergulhar em ansiedade. O outro grupo, por sai vez, entra em angustia diante de quem “vomita frases”, como diz Romaly. Com isso, “a comunicação não acontece”, afirma a especialista.
Caroline completa: O essencial é ser você e se interessar, de fato, em conhecer o outro. “O interesse genuíno no outro já é um bom caminho”, diz a especialista.
“Quando a gente gerencia a nossa
imagem, estamos cuidando de como os outros irão nos avaliar”, afirma a
especialista. E não é necessário forçar a barra para ter uma boa reputação profissional. Veja algumas dicas sutis de
como sempre causar um impacto positivo nas pessoas.
1 Invista no conteúdo
“Não é preciso ser especialista, mas
é preciso ter um bom entendimento do fluxo das coisas que acontecem a nossa
volta”, afirma Romaly. Por isso, investir no conteúdo da mensagem que você
transmitirá nas primeiras e demais impressões é essencial.
A estratégia é simples: esteja por
dentro do que acontece na sua área de atuação, mas não só. Acompanhe o
noticiário, leia mais livros, participe
de mais atividades culturais. Enfim, esteja aberto para aprender, sempre.
2 Vista-se para o destino
Coco Chanel disse, certa vez, que
não entendia como uma mulher poderia sair de casa sem se arrumar: “talvez este
seja a o dia em que ela terá um encontro com o destino. E o melhor é estar o
mais bonita possível para o destino”, completou.
3 Esbanje
simpatia – mesmo com a timidez
Para os introvertidos, espantar a timidez em um
primeiro contato pode parecer algo impossível. Mas não é. Basta mirar os olhos
do outro e sorrir. “O sorriso informa que você aceita o outro. Quanto a gente
não sorri e não fazemos contato visual revelamos que não estamos interessados”,
diz Romaly.
4 Entre no ritmo
Quer conquistar empatia logo de
cara? Adapte o ritmo da sua fala ao da pessoa do outro lado da conversa.
“Algumas pessoas processam a informação mais rápido, outros, de uma forma mais
lenta. Cada um tem uma característica psicológica”, diz a consultora de
etiqueta.
5 Fale menos
Por isso, uma premissa básica para
que a comunicação, de fato, aconteça é deixar o outro também falar. O fato que
é, na tentativa alucinada de conquistar o olhar (neste caso, profissional do
outro), a gente fala, fala e fala. Provamos por A mais B que não iremos
frustrar expectativas. E, no fim, não abrimos espaço para que o outro se
expresse – muito menos para checar qual é o feedback dele.
“Precisamos dosar o quanto ouvir e o
quanto falar. Não é por acaso que temos duas orelhas e uma boca”, brinca
Caroline. “Talvez a gente devesse usar nesta proporção”.
6 Seja bem educado (em todas
ocasiões)
Boa educação é essencial e jamais deve estar restrita ao círculo que você tem
interesse. “Não cabe mais a diferenciação entre as pessoas. Não adianta ser
cortês na reunião e tratar mal o manobrista”, afirma a especialista da
LLH|DBM.
7 Não forçar a barra já é
meio caminho andado
A lista de dicas anteriores podem
até assustar e dar a impressão de que, para conquistar o encanto alheio, você
precisa encenar um outro tipo de personalidade. Ao contrário: quanto mais
autêntico, melhor. “É preciso deixar a nossa personalidade fluir”, diz
Romaly.
Fonte: Revista Exame, por Talita Abrantes