O Banco Mundial cortou sua previsão de crescimento
econômico para China em 2012, de 8,4% para 8,2%, de acordo com documento
publicado nesta quarta-feira (23).
Em um relatório semestral para
o Leste da Ásia e Pacífico, a instituição afirmou que uma desaceleração
na China vai afetar o crescimento em países emergentes do Leste da Ásia
para mínimas de dois anos em 2012, mas alertou que a crise da dívida da
Europa pode provocar danos ainda maiores se piorar. Por conta disso, a
expectativa do banco é de que a região registre crescimento de 7,6% este
ano, abaixo da projeção anunciada em novembro, de 7,8%.
O Banco
Mundial notou ainda que o enfraquecimento da demanda dos EUA e da Europa
e do mercado imobiliário chinês podem pesar sobre a economia chinesa no
curto prazo. Porém, a instituição acrescentou que se governos e bancos
centrais agirem a tempo para estabilizar a atividade, as economias devem
se recuperar no próximo ano.
Afrouxamento político
Segundo o banco, os países podem afrouxar ainda mais as políticas monetária e fiscal para fomentar a atividade, mas destacou que o espaço para manobra está limitado por riscos de inflação que podem aumentar quando o crescimento se recuperar em meio à crescente dívida pública.
"As
autoridades da região devem permanecer flexíveis para mudar a política
monetária se o crescimento ganhar impulso e as pressões inflacionárias
aumentarem", disse o Banco Mundial.
Para a China, o banco
aconselhou apenas uma alteração marginal na política monetária por
enquanto, com redução do compulsório dos bancos, uma vez que as taxas de
juros reais estão negativas. Por outro lado, pediu ao país que conte
com uma política fiscal mais flexível que amplie o consumo, em vez de
apostar no investimento estatal para impulsionar a atividade econômica.
"O
estímulo fiscal seria idealmente menos alimentado pelo crédito, menos
financiado por governos locais, e menos orientado pela infraestrutura",
afirmou o Banco Mundial. "Medidas fiscais para dar suporte ao consumo,
como reduções de impostos, gastos com bem estar social e outros gastos
sociais devem ser vistos como prioridade", finalizou.
Fonte: InfoMoney
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