São Paulo – A agilidade de uma geração que cresceu com
rápidas mudanças tecnológicas está plenamente de acordo com as necessidades
atuais das empresas. “O que o mercado de trabalho exige vem ao encontro do que
a Geração Y tem a oferecer" , diz Fábio Avellar, consultor e palestrante.
No entanto, os jovens
devem ficar atentos para não cometer alguns tropeços, já que a os primeiros
anos de carreira geralmente são
permeados por muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à conduta esperada
pelo mundo corporativo. EXAME.com foi investigar com os especialistas quais os
erros mais comuns cometidos pelos profissionais da Geração Y. Confira o que
eles disseram:
1. Cair nos estereótipos geracionais
“É uma geração inquieta, multitarefa e questionadora. O
primeiro erro destes jovens é acreditar que eles são da Geração Y e atuarem com
tal”, diz o coach Homero Reis.
Ou seja, acreditar nesta tipologia geracional e apostar
em uma postura estereotipada é, de acordo com o especialista, um erro.
Não é porque você é jovem que não precisará se adaptar
à cultura corporativa e respeitar hierarquias, por exemplo. “As empresas não
convivem, o profissional vai precisar entrar no esquema da companhia”, explica.
2. Imediatismo
“A pessoa nem planta e já quer colher os frutos”, diz
Homero Reis. O tempo de “casa”, geralmente, é o preço a se pagar para
conquistar de uma promoção. “Mas nem todos os jovens estão atentos a esse tempo
de aprendizado, e a ansiedade prejudica bastante”, acrescenta Avellar.
De acordo com ele, é comum os profissionais da Geração
Y partirem em busca de novas oportunidades sem se darem o tempo necessário de
amadurecimento no cargo necessário para garantir a ascensão profissional.
“Quando eles consideram que as coisas não estão acontecendo, já partem para
outra”, diz Avellar.
No entanto, os jovens devem ficar atentos para não cometer
alguns tropeços, já que a os primeiros anos de carreira geralmente são permeados por muitas dúvidas,
principalmente no que diz respeito à conduta esperada pelo mundo corporativo.
EXAME.com foi investigar com os especialistas quais os erros mais comuns
cometidos pelos profissionais da Geração Y. Confira o que eles disseram:
3. Achar-se dono da verdade
É o que Homero Reis chama de relativismo. “O jovem
interpreta o mundo a sua maneira e considera que esta interpretação é a única
verdadeira”, explica. A consequência é deixar de ouvir as outras pessoas e
aprender com elas.
Esta prepotência tem mesmo sido um dos problemas
detectados pelos executivos quando o assunto é relacionamento dentro do
ambiente de trabalho, de acordo com empresário gaúcho Bruno Perin criou o
projeto Será que Tá certo?, em que executivos de sucesso dão dicas de carreira
para a geração Y.
“Os jovens já estão sofrendo com os conflitos internos
nas empresas já que em um mesmo ambiente convivem pessoas de gerações
diferentes”, diz Avellar.
4. Não aprender com os erros
Para Homero Reis, um problema recorrente nos jovens da
geração Y é a ausência do que ele nomeia como 'senhoridade'. “É um conceito
relacionado à capacidade que a pessoa tem de sustentar a vida a partir de suas
próprias experiências”, explica.
Para desenvolver a tal da "senhoridade" é
preciso ter percorrer uma estrada, ganhar experiência e aprender com os erros
cometidos. “Quem não tem senhoridade não se vê responsável pelos seus erros e
fracassos. Se erra, o culpado é o outro”, diz.
Pensar que você não foi aprovado em um concurso porque
a concorrência era grande ou justificar a promoção que não veio com o fato de o
chefe não gostar de você são exemplos de falta de senhoridade, diz o
especialista.
“Se não passou no concurso é porque não estudou o
suficiente. Se não foi promovido é porque a relação com o chefe não é boa e o
profissional também tem responsabilidade nisso”, diz ele, considerando que
falta nos jovens a capacidade de aprender com os erros.
5. Dificuldade de criar relacionamentos sustentáveis
“O maior erro é não criar relacionamentos sustentáveis
com as pessoas e as empresas.”, diz Avellar. A superficialidade das relações é
uma grande inimiga do networking, que para ter efeito esperado necessita de
tempo e investimento, lembra o especialista.
Mas não é só isso, a relação com as empresas também é
prejudicada. “Pesquisas recentes indicam que em 25 anos de carreira, uma pessoa
da Geração Y vai trocar 8 vezes de emprego e 4 de área de atuação”, diz.
Fonte:
Revista Exame, por Camila Pati.
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