segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Maioria dos brasileiros planeja trocar de emprego

A nova pesquisa da consultoria Mercer mostra que os funcionários no Brasil estão satisfeitos com muitos aspectos de seu trabalho e carreira, mas comparando-se com a última edição da mesma pesquisa feita em 2004, estão menos comprometidos com suas empresas.

Realizada entre o quatro trimestre de 2010 e o segundo trimestre de 2011, com aproximadamente 30 mil empregados de 17 países, a Inside Employees Minds™ ouviu também as opiniões de cerca de 1.200 empregados brasileiros.
Por outro lado, em 2004, 72% dos profissionais pretendiam deixar suas corporações. Em 2011 esse número passou para 56%, um número menor, mas ainda considerado elevado.

As organizações no Brasil cresceram economicamente, mas isso parece ser uma faca de dois gumes uma vez que o melhor ambiente econômico levou a uma maior rotatividade de pessoal em busca de salários mais altos. Por isso que, embora os empregados estejam satisfeitos com seus empregos atuais, seus gestores e sua remuneração, ainda assim, grande parte planeja deixar suas organizações.

Dados percentuais:
No Brasil 80% dos entrevistados estão satisfeitos com o emprego;
56% afirmaram a intenção de deixar as empresas nas quais trabalham no momento
Entre os que querem sair da empresa, 45% trabalham de um a quatro anos na organização; 40% têm entre 35 e 54 anos;
Na amostra, quem compõe os níveis administrativos e de alta administração, surpresa, tem ainda mais intenção de sair da empresa. O número sobre para 67%.

A pesquisa também confirma que o relacionamento interpessoal no emprego atualmente encontra-se em um ponto de inflexão crítico. Uma força de trabalho engajada é mais necessária do que nunca, mas, ao mesmo tempo, conseguir manter este comprometimento representa um grande desafio, para estabelecer um equilíbrio nestas relações.
 
Apesar da propensão de deixar a empresa, quando perguntados sobre sua satisfação geral com suas organizações, os profissionais mais jovens registraram graus de satisfação maiores que os demais profissionais, na maioria dos países. 

No Brasil, 82% dos empregados têm orgulho de trabalhar em sua organização entre aqueles que não consideram seriamente deixar sua empresa; e dos que pretendem deixar 73% tem orgulho de sua empresa. Interessante é que, para este mesmo grupo, o percentual aumenta quando a pergunta é se eles recomendariam sua organização para outros profissionais. Ficando em 84% e 79% respectivamente.

Carreira

Nos últimos anos, as organizações no Brasil ampliaram substancialmente suas ofertas de desenvolvimento de carreira aos empregados e essas iniciativas ficam evidentes no aumento da pontuação nas questões relacionadas a este item. Entretanto, com a redução no comprometimento e o aumento na rotatividade, pode haver espaço para outras melhorias porque os empregados dizem se preocupar imensamente com as oportunidades de carreira. 

Fica clara essa preocupação ao se analisar os 10 valores principais para o empregado quando pensa em seu atual trabalho. Entre os três primeiros itens estão: avanço na carreira, remuneração básica e oportunidade de treinamento. Os dez itens em ordem de valor são:

Oportunidades de carreira
Remuneração fixa
Oportunidades de treinamento
Trabalhar para uma organização respeitável
Tipo de trabalho realizado
Bônus e outros incentivos
Plano de saúde privado
Plano de pensão para aposentadoria
Reembolso educacional
Programas de qualidade de vida 

“Os profissionais brasileiros tem uma percepção positiva sobre as chances de crescer em suas organizações. Cerca de 71% acreditam que vão atingir seus objetivos profissionais de longo prazo e 61% afirmam que as promoções são dadas para pessoas talentosas. Nesse sentido, mesmo as corporações correndo o risco de perder seus talentos pelo atual momento de apagão de mão-de-obra, nunca na história do país houve essa visão positiva de plano de carreira; do pacote de remuneração e benefícios; das ferramentas para atualização e a importância da reputação da organização como elemento de maior engajamento e um melhor desempenho profissional”, afirma Marisabel Ribeiro, líder da área de negócios de Capital Humano da Mercer para o Brasil.

“Atualmente, as empresas estão fazendo muito uso da intranet para atender as demandas dos profissionais ao seu projeto de crescimento com uma comunicação mais eficiente. Também estão utilizando cursos on-line e programas de treinamento específicos para determinados talentos e apostando em projetos de expatriação para promover o comprometimento de funcionários com alto potencial", diz.

"No mundo, obviamente, as estratégias apresentarão uma variação de organização para organização, mas é essencial que se tenha primeiramente um entendimento claro da proposta de valor de um empregado e depois analisar que ações podem ou devem ser adotadas para aumentar a permanência de jovens trabalhadores, dos profissionais mais maduros e da força de trabalho da empresa. Daquelas pessoas que farão a diferença para o negócio a curto, médio e longo prazos”.

Serviço:
Para obter mais informações e fazer o download do sumário contendo as conclusões da pesquisa, visite “Generational findings” no endereço eletrônico www.mercer.com/insideemployeesminds.

O site também apresenta um vídeo de documentário curto intitulado “New on the job: A portrait of Millennials at work.”

Fonte: Canal Executivo

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