segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Novo cenário global pede responsabilidade social empresarial

Consumidores e novos talentos estão mostrando que empresas não podem mais ignorar suas responsabilidades sociais.

Os tempos estão mudando. Dez anos atrás, apenas 10 das 500 maiores multinacionais, segundo a revista Fortune, publicavam relatórios de responsabilidade social. Agora, já são mais de oito mil empresas de todo o mundo comprometendo-se com práticas de boa cidadania nas áreas de direitos humanos, padrões trabalhistas e proteção ambiental. O que é diferente hoje? As companhias descobriram que, para ter bons resultados, não podem mais ignorar suas responsabilidades sociais.

A primeira grande mudança que estamos presenciando é um novo consumidor, mais responsável e consciente, que evita empresas com reputações antiéticas. Uma pesquisa realizada pela Landor Associates mostra que 77% da população americana procura consumir produtos somente de empresas socialmente responsáveis. E, com a transparência da internet, as empresas devem prestar atenção ao que seus clientes fazem e dizem, já que isso pode ter um impacto substancial e imediato no seu negócio.

Outra grande mudança é o papel da responsabilidade social empresarial (RSE) na atração e retenção de talentos. Em uma pesquisa da Deloitte, realizada em 2011, 70% dos jovens de 18 a 26 anos disseram que o compromisso da empresa com a comunidade tinha influência sobre sua decisão de trabalhar nela.

Por tudo isso, as companhias estão mudando. A Coca-Cola iniciou, recentemente, um programa para capacitar cinco milhões de jovens empreendedores de países em desenvolvimento. Segundo a empresa, esse investimento pode ter um efeito multiplicador, criando comunidades mais prósperas. Outro exemplo é a Visa, que construiu parcerias com os governos locais e organizações sem fins lucrativos para desenvolver um projeto de inclusão financeira.

Mas como fazer outras empresas aderirem ao novo modelo? Segundo Eric Orts, professor de Estudos Jurídicos e Ética Empresarial da Wharton University, para as empresas levarem RSE a sério, o conceito precisa ser integrado ao DNA dela. “O que nós realmente precisamos é repensar o real propósito do negócio,” conclui.

Fonte: www.asboasnovas.com

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