Consumidores e novos talentos estão mostrando que empresas não podem mais ignorar suas responsabilidades sociais.
Os tempos estão mudando. Dez anos atrás, apenas 10 das 500 maiores
multinacionais, segundo a revista Fortune, publicavam relatórios de
responsabilidade social. Agora, já são mais de oito mil empresas de todo
o mundo comprometendo-se com práticas de boa cidadania nas áreas de
direitos humanos, padrões trabalhistas e proteção ambiental. O que é
diferente hoje? As companhias descobriram que, para ter bons resultados,
não podem mais ignorar suas responsabilidades sociais.
A
primeira grande mudança que estamos presenciando é um novo consumidor,
mais responsável e consciente, que evita empresas com reputações
antiéticas. Uma pesquisa realizada pela Landor Associates mostra que 77%
da população americana procura consumir produtos somente de empresas
socialmente responsáveis. E, com a transparência da internet, as
empresas devem prestar atenção ao que seus clientes fazem e dizem, já
que isso pode ter um impacto substancial e imediato no seu negócio.
Outra grande mudança é o papel da responsabilidade social empresarial
(RSE) na atração e retenção de talentos. Em uma pesquisa da Deloitte,
realizada em 2011, 70% dos jovens de 18 a 26 anos disseram que o
compromisso da empresa com a comunidade tinha influência sobre sua
decisão de trabalhar nela.
Por tudo isso, as companhias estão
mudando. A Coca-Cola iniciou, recentemente, um programa para capacitar
cinco milhões de jovens empreendedores de países em desenvolvimento.
Segundo a empresa, esse investimento pode ter um efeito multiplicador,
criando comunidades mais prósperas. Outro exemplo é a Visa, que
construiu parcerias com os governos locais e organizações sem fins
lucrativos para desenvolver um projeto de inclusão financeira.
Mas
como fazer outras empresas aderirem ao novo modelo? Segundo Eric Orts,
professor de Estudos Jurídicos e Ética Empresarial da Wharton
University, para as empresas levarem RSE a sério, o conceito precisa ser
integrado ao DNA dela. “O que nós realmente precisamos é repensar o
real propósito do negócio,” conclui.
Fonte: www.asboasnovas.com
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