A
questão central é que, diferente das mídias tradicionais, as
plataformas móveis exigem um pouco mais de estratégia
dos gestores, uma vez que pressupõem
interação com seus consumidores.
Justamente
por isso, conquistar o usuário é essencial. “As plataformas
móveis, como o smartphone, são uma extensão do corpo das pessoas.
Elas podem ser usadas como ferramentas para economizar tempo e para
passar o tempo, ou seja, é preciso saber onde se encaixar”, diz
César S. César, diretor da Unidade Digital da Carvajal, empresa
mantenedora do Guia Mais Empresas.
César
dá seis sugestões para empresas que pretendem abrir mais esse
caminho para chegar até o seu consumidor.
1)
Pense móvel
Parece
óbvio, mas muitas empresas ainda não pensam nos dispositivos móveis
como mídias com características particulares. “O smartphone e o
tablet não são computadores em miniatura”, afirma César.
O
relacionamento entre esses dispositivos e o usuário acontece em
momentos diferenciados – como durante um almoço, entre um
compromisso e outro ou em trânsito, isso exige que a empresa pense
em como ser útil ao usuário em poucos minutos. "São como
controle remotos para o mundo virtual, Muitas vezes esse é o início
de um relacionamento de mão-dupla", destaca o especialista.
2)
Estratégia antes, conteúdo depois
Produzir
um aplicativo não é simplesmente uma questão de estar em dia com
as novidades do mercado. Os objetivos desse canal devem estar claros
para a empresa e devem estar perfeitamente encaixados com o
planejamento estratégico daquele ano. “Essa história de
‘precisamos desenvolver um aplicativo: o que podemos fazer?’ não
funciona. O caminho tem de ser inverso. O aplicativo é um meio para
alcance do objetivo e não uma finalidade em si só”, diz César.
3)
Engajar usuários é essencial
As
plataformas móveis podem ser um ótimo canal para entrar em contato
direto com o consumidor e estreitar esse relacionamento. Para isso é
necessário que o aplicativo tenha potencial de engajar seus usuários
e torne-se necessário para o dia a dia. “O aplicativo é uma
chance permanente de contato entre consumidor e a marca. É
importante que o aplicativo seja funcional o suficiente para virar
ferramenta de consulta constante”, diz César.
4)
Privilégio da usabilidade
Todo
o investimento – que não costuma ser pouco – pode ir por agua
abaixo se a usabilidade não for privilegiada. César explica que o
momento de interação dos usuários com seus gadgets é curto e
qualquer deslize pode ser fatal. “A tela é pequena, o usuário
geralmente manuseia um smartphone com uma mão só. Ele passa 3 ou 5
minutos no celular e vai usar seu aplicativo entre o e-mail, a rede
social o telefonema e o SMS. Se não for fácil de usar, ele não
terá uma boa experiência com o aplicativo e não voltará.”
5)
Quanto mais simples melhor
A
simplicidade e o minimalismo são palavras de ordem no mundo da
tecnologia. Duvida? Basta ver o tamanho do sucesso do jogo Anrgy
Birds – um jogo fácil com interface simples correu o mundo e levou
a Rovio ao estrelato. Para César, a estratégia deve ser a mesma.
“Mantenha tudo o simples possível. O Google é uma tela branca com
um logo e uma caixinha e resolve todos os problemas da sua vida”,
diz.
6)
Buscar referências
Todas
as referências poderão ser válidas quando a empresa quer apostar
alto nas plataformas móveis. Um jogo, um aplicativo de banco ou até
mesmo um contador de calorias pode dar boas ideias de usabilidade e
utilidade de um aplicativo. “Não olhe só a concorrência, mas
busque exemplos no exterior. Veja o que as outras empresas estão
fazendo e compare o projeto de sua aplicação”, sugere César.
Fonte:
Revista Exame, por Bárbara Ladeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário