Com lavagens de carros a seco, empresa poupa 264 milhões de litros por ano, quantidade suficiente para matar a sede da população de uma cidade do tamanho de Bauru, por um ano.
Há diversos cálculos e critérios sobre a quantidade de água gasta para
lavar um carro. Uma das contas mais comuns chega ao resultado de 316
litros. É muito! Para se comparar, uma pessoa leva cinco meses para
beber todo esse líquido.
Esse desperdício foi uma das motivações de Lito Rodriguez ao criar a DryWash,
da qual é sócio-fundador. Hoje, a empresa conta com 65 franquias
espalhadas pelo Brasil e lava mais de 70 mil carros por mês. Mas lava a
seco, utilizando uma tecnologia própria.
Com uma conta rápida, é possível deduzir que a iniciativa poupa em
média 22 milhões de litros de água por mês. Em um ano, são 264 milhões
de litros. Para se ter a dimensão dessa economia, essa quantidade é
suficiente para suprir a necessidade de ingestão de água de todos os
habitantes de uma cidade do interior de São Paulo de porte médio, como
Bauru ou Piracicaba, por um ano inteiro.
A grande sacada da DryWash é que, além dos ganhos ambientais, estamos
falando de um negócio bem sucedido financeiramente e que está em pé há
quase duas décadas. Mas nem sempre foi assim. Em 1994, quando Lito
instalou um lava rápido tradicional na Zona Sul de São Paulo, ele conta
que as dificuldades foram as mesmas da maioria das pequenas empresas no
Brasil: burocracia, alta carga tributária e crédito caro.
Persistência foi a palavra-chave para o empresário. Um ano depois do
início do empreendimento, surgiu a ideia de lavar os carros onde eles
ficavam na maior parte do dia: as garagens e os estacionamentos, o que,
de quebra, pouparia ainda o tempo dos clientes. Assim, a lavagem a seco
passou a ser não apenas uma questão ambiental, mas uma estratégia de
negócio.
Por meio de parcerias, Lito estruturou a DryWash da forma como a
conhecemos hoje. E a ideia foi um sucesso. De 1998 a 2002, o faturamento
da empresa cresceu rápido, chegando a dobrar de tamanho, em alguns
anos.
Hoje, um dos principais focos da companhia é o desafio comum de quem
quer vender sustentabilidade. “O mercado ainda não enxerga os valores
sociais da empresa, como formação profissional, plano de carreira e
desenvolvimento humano, alto nível de governança. Ainda somos
reconhecidos apenas como uma empresa ambientalmente correta e nosso
desafio está em demonstrar que damos muita importância para os outros
dois pilares também: social e financeiro.”
Para 2013, a meta é consolidar o modelo de franquia para serviços e
acelerar o crescimento de vendas das linhas de produtos para varejo e
mercado profissional. A DryWash quer crescer de 8 a 10 pontos
percentuais em serviços e até 40% no segmento de novos produtos. E, para
isso, seguirá baseada em seus quatro pilares: responsabilidade
ambiental, responsabilidade social, qualidade e lucro.
Fonte: www.asboasnovas.com.br
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