O volume de vendas do comércio
varejista brasileiro recuou 0,2% em dezembro de 2013, em relação a novembro - a
primeira queda após nove meses seguidos de alta -, e fechou o ano passado com
avanço de 4,3%, segundo informou, nesta quinta-feira (12), o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado desse ano foi
puxado pelas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico.
Apesar de positivo, o
desempenho do varejo em 2013 foi menor do que o do ano anterior, quando o volume de vendas cresceu 8,4%,
fortemente influenciado pelo aumento de 8,5% do segmento de hipermercados. Em
2013, as vendas desse setor também cresceram, mas em ritmo bem menor.
Na análise da série
histórica do IBGE, o resultado de 2013 se mostra como o mais baixo desde 2003,
quando o IBGE verificou queda de 3,7% no varejo.
Setores
Entre os segmentos do varejo analisados pelo IBGE, o que exerceu a maior contribuição para o resultado anual do comércio foi o de "outros artigos de uso pessoal e doméstico". O avanço foi de 10,3% frente a 2012 - o maior desde 2008 - e a fatia de participação no índice geral chegou a 23,3%. Dentro desse grupo, o desempenho do segmento de lojas de departamentos foi o que teve mais destaque.
Na sequência, de acordo
com a ordem de importância dos setores para o cálculo do índice do varejo,
estão os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
As vendas cresceram 1,9% na comparação com 2012 - percentual inferior ao de
8,5% registrado em 2012. Foi o resultado mais fraco desde 2003, quando havia
apontado queda de 4,9%.
Segundo
o IBGE, foi a segunda maior influência na formação da taxa geral do varejo
(22,6%).
Em
2012, esse setor, que havia crescido 8,5% frente 2011, tinha exercido o maior
impacto. No entanto, a pesquisa indica que "houve desaceleração do ritmo
de crescimento da massa real de salário, com taxa de variação de 2,9% em 2013,
contra os 6,5% de 2012".
Também
contribuiu para o crescimento do varejo de 2013 a atividade de artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. O aumento em relação a
2012 foi de 10,1%, o terceiro maior impacto (15%).
"A
variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral e a expansão da massa
de salários, somadas ao caráter de uso essencial de seus produtos, são os
principais fatores explicativos do desempenho do segmento acima da média geral
do varejo", disse o IBGE em nota.
Também
contribuíram para a alta do índice o desempenho do varejo de combustíveis e
lubrificantes, com alta de 6,3% em relação ao ano anterior; do segmento de
móveis e eletrodomésticos, com avanço de 5%.
Dentro
desse grupo, o destaque negativo ficou com a venda
de móveis, cuja variação passou de 11,9% em 2012 para -1,6% em 2013,
"motivada pelo aumento dos preços de mobiliário, apesar da desoneração
fiscal sobre produtos do gênero (redução do IPI)".
O
segmento de vendas de tecidos, vestuário e calçados cresceu 3,5% - o mesmo
resultado de 2012 -, e a atividade de equipamentos e materiais para escritório,
informática e comunicação teve avanço de 7,2%. O ramo de livros, jornais,
revistas e papelaria foi responsável pela menor contribuição à taxa global,
registrando variação de 2,6% em relação a 2012.
Receita
No último mês de 2013, a receita nominal do comércio cresceu 0,5% e, no acumulado no ano, o avanço foi de 11,9%, abaixo do avanço de 12,3% de 2012.
No último mês de 2013, a receita nominal do comércio cresceu 0,5% e, no acumulado no ano, o avanço foi de 11,9%, abaixo do avanço de 12,3% de 2012.
Destaque para Rondônia
Na análise por Unidades da Federação, seis estados mostraram alta: Rondônia (1,6%); Roraima (1,4%); Piauí (1,3%); Santa Catarina (1,2%); Mato Grosso (0,7%); e Paraná (0,7%). As principais quedas partiram do Tocantins (-11,9%); de Mato Grosso (-7,1%); da Paraíba (-5,8%); de Sergipe (-5,4%); e do Amapá (-3,1%).
Na análise por Unidades da Federação, seis estados mostraram alta: Rondônia (1,6%); Roraima (1,4%); Piauí (1,3%); Santa Catarina (1,2%); Mato Grosso (0,7%); e Paraná (0,7%). As principais quedas partiram do Tocantins (-11,9%); de Mato Grosso (-7,1%); da Paraíba (-5,8%); de Sergipe (-5,4%); e do Amapá (-3,1%).
Ainda
no corte regional, no que tange ao volume de vendas, na comparação dezembro
13/dezembro 12, somente duas Unidades da Federação apresentaram resultados
negativos, a saber: Espírito Santo (-3,7%) e Sergipe (-0,2%). Nas demais UFs as
variações de maior magnitude se estabeleceram em Mato Grosso do Sul (15,6%);
Acre (13,2%); Rondônia (13,2%); Maranhão (9,7%); e Paraná (8,9%). Quanto à
participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela
ordem, foram: São Paulo (3,6%); Paraná (8,9%); Rio Grande do Sul (5,0%); Rio de
Janeiro (2,5%); e Mato Grosso do Sul (15,6%).
Fonte: G1 Economia
Nenhum comentário:
Postar um comentário